A vesícula biliar é o órgão situado acima do fígado e armazena a bile, líquido produzido pelo fígado para ajudar no processo digestivo. Ela costuma apresentar problemas se algo estiver bloqueando o fluxo de bile produzida pelo fígado. Geralmente, sua obstrução é causada pela presença de pequenas pedras (cálculos biliares) na vesícula, como também pela formação de tecidos (pólipos), inflamação, infecção ou tumores na vesícula biliar e no ducto biliar.
Como ocorre a cirurgia e o procedimento pós-operatório?
A retirada da vesícula biliar é a cirurgia mais realizada na história da medicina. Na maior parte das vezes é executada com o auxílio da laparoscopia, técnica cirúrgica minimamente invasiva muito utilizada para o processo de retirada. Sua execução se perfaz com três ou quatro furos, o que abranda o procedimento cirúrgico. Por ser uma cirurgia minimamente invasiva, o paciente recebe alta de um a dois dias após o início do procedimento. No processo de recuperação, é normal que o paciente sinta dor abdominal e diarréia, principalmente nos primeiros dias pós-cirúrgicos. Há também o risco de ocorrer sangramentos, infecções ou alguma reação alérgica à anestesia.
Na presença de sinais e sintomas como: febre acima de 38ºC, feridas com pus, pele e olhos amarelados, falta de ar e ocorrência de vômitos, deve-se procurar atendimento médico com urgência. Seguindo as indicações do médico, após uma ou duas semanas do procedimento cirúrgico o paciente já poderá voltar às atividades normais do dia a dia, como dirigir, praticar atividades físicas, etc.
A retirada pode apresentar problemas de saúde?
Após a recuperação, o paciente poderá voltar às práticas normais cotidianas, já que o corpo – em algumas semanas ou meses – se adapta à ausência da vesícula biliar, o que não traz graves consequências à digestão.