Uma parcela dos portadores de diabetes mellitus no País têm agora mais um tipo de tratamento para um controle mais efetivo da doença: o procedimento chama-se cirurgia metabólica e é “primo-irmão” da conhecida cirurgia bariátrica (cujo foco é a redução no estômago). Na metabólica, o foco maior é o intestino. Entenda tudo nesse post!

Diabetes é um assunto sério

A incidência de diabetes tipo dois é uma das principais causas de acidente cardiovascular (AVC), síndrome coronariana, insuficiência renal e cegueira, tendo atingido neste século status de epidemia. No Brasil, o número de pessoas com diabetes em 2015, com idade entre 20 e 79 anos, atingiu a marca de 14,3 milhões, havendo a expectativa de que em 2040 chegue a 23,3 milhões de pessoas.

Afinal, qual a diferença entre a cirurgia metabólica e a bariátrica?

Na cirurgia metabólica ocorre um procedimento muito semelhante ao da cirurgia bariátrica. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa o controle da diabetes apenas e não da obesidade, já que não mexe no estômago. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano.

Benefícios

A perda de peso leva à melhora do controle metabólico do paciente diabético. Há melhora da sensibilidade à insulina e da função das células beta, com melhora da secreção de insulina pelo pâncreas, lembrando que a insulina é o hormônio responsável pelo controle dos níveis de açúcar no sangue. 

Especialistas contam que o tratamento cirúrgico não garante a cura do diabetes, mas traz melhora no controle metabólico em uma quantidade expressiva de pacientes, por um período de tempo que não pode ser previsto com exatidão.

Como que esse procedimento surgiu?

O uso do procedimento para o tratamento da diabetes tipo 2 surgiu após observar-se que ao fazer cirurgias bariátricas em pacientes com IMC maior que 35 e portadores do tipo 2, estes apresentavam uma melhora do diabetes logo após o procedimento, geralmente entre três a cinco dias após. O paciente nem havia perdido peso ainda, e já se observava uma melhora da glicemia (glicose no sangue).

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